segunda-feira, 30 de janeiro de 2012


Implantes dentários: a terceira dentição?
Quando nos faltam um ou mais dentes, falta-nos também a auto estima, pois sentimos dificuldade para falar, mastigar e desfrutar nossas comidas prediletas.
Nossa aparência, então, nem se fale: no passado, a Odontologia tentava, de todas as maneiras possíveis manter uma raiz dentária já um tanto debilitada com o tratamento de canal.
No entanto, muitas dessas tentativas fracassavam e acabavam resultando na perda do dente. Substituí-lo por próteses fixas levava ao sacrifício dos dentes saudáveis adjacentes, que eram desgastados.
Quando a opção era a prótese removível, restava o desconforto de serem instáveis, muitas vezes exigindo o uso de adesivos pegajosos.
O fato é um só: como é difícil imitar a natureza! Conseguir conceber um sistema perfeito como é o sistema dentário, com estabilidade, capaz de suportar as forças da mastigação e, ainda por cima, ser contornado por um sistema gengival saudável, enfim obter uma implantação óssea firme e robusta é façanha das mais árduas.

As pressões que o dente sofre
Em geral, a primeira impressão que se tem do dente é que ele tem uma vida sedentária, vale dizer, estagnada e parada dentro de seu hábitat natural, que é a boca. Isso, no entanto, está longe de ser verdade, eis que a vida dentária é muito movimentada e, além do mais, sofre muitas pressões dentro do universo bucal.
O dente tem sua raiz implantada no alvéolo, um agradável espaço ósseo, acolchoado de fibras, que o ajuda a suportar as pressões do dia-a-dia. Esta condição permite uma certa mobilidade do dente no osso, formando uma articulação, diversa de todas as encontradas no organismo, que é a articulação alvéolo-dental, chamada gonfose.
O dente, portanto, não está fixado no alvéolo como um prego na parede, mas, ao contrário, apresenta uma calculada mobilidade. As fibras que atapetam o alvéolo formam um sistema que dissipa as forças pesadas da mastigação para o osso alveolar, amortecendo os impactos. Há uma variedade de forças, as quais provocam pressões sobre os dentes, vindas de várias direções, em quantidade e duração diferentes.

O implante dentário
Esse sempre foi o grande desafio. Conceber um material que, empregado com uma técnica adequada, pudesse responder aos esforços mastigatórios como se fosse um dente natural com sua raiz.
Modernamente os implantes são parafusos feitos de titânio, material de excelentes características de biocompatibilidade com o tecido ósseo e com o meio bucal, e também resistente às forças a que são submetidos os dentes, durante a mastigação.
Desde os tempos primitivos o homem usou e tentou de tudo para repor dentes perdidos. Pedra, ferro e até mesmo fragmento de concha foram utilizados para esse fim. Com a evolução do conhecimento científico, muitos materiais foram testados com relativo sucesso. Com o advento dos materiais que se integram ao osso, os biomateriais passaram a ser estudados e experimentados e o titânio passou a ser o material de eleição para fabricação de todos os tipos e marcas de implantes no mundo inteiro, sendo inclusive usado em próteses para refazer fêmur, joelho, clavícula.
Parafusos de titânio implantados em áreas desdentadas do osso da maxila ou da mandíbula realizam a função de raiz do dente destinados a suportar próteses, quando um ou mais dentes foram perdidos.
Após a implantação do corpo do implante, tem início o processo de união do osso ao implante -a chamada osteointegração- uma neoformação óssea, compondo uma estrutura única. Depois de constatada a união osso-implante, a coroa dentária (parte visível do dente) pode ser instalada e submetida a cargas e forças mastigatórias.
Atualmente, os implantes dentários podem ser vistos como uma solução diante de perdas de dentes e elimina muitas preocupações associadas aos dentes naturais, tais como a doença cárie e as desmineralizações.
O implante integrado ao osso maxilar ou mandibular transforma-se em sustentáculo, uma espécie de fundação, vale dizer, um alicerce seguro para um ou mais dentes postiços ou até para uma dentadura completa.
Por não estar fixado em outro dente e não ter nenhuma superfície adicional, o implante dentário permite que a pessoa sorria, fale e mastigue com confiança e conforto.
Isso sem contar que o custo de salvar um dente com uma variedade de tratamentos pode exceder o custo da realização de um implante.
No entanto, há algumas precauções: se a pessoa não tiver boa qualidade de osso e necessitar de enxerto ósseo, o processo total pode levar alguns meses. O enxerto ósseo é um procedimento cirúrgico para acrescentar altura ou largura ao osso maxilar, de modo a aumentar a estrutura óssea para colocação do implante.
Um bom implante dentário permite uma linha gengival de aparência natural e um belo sorriso, sendo que a sua manutenção exige os mesmos cuidados de um dente verdadeiro. Atualmente, com o desenvolvimento das técnicas, não existe motivo para um implante não durar a vida toda. A não ser em situações específicas, como trauma facial ou oclusal, que podem prejudicar sua longevidade.

Referências
Profª. Dra. Maria Cristina Ferreira de Camargo – Odontopediatra;
Dr. Roberto Mariani - Cirurgião Bucomaxilofacial;
Dr. João Luiz Ferreira de Camargo França - Ortodontista.
 
 
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segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Escovar os dentes ajuda a previnir ataque cardíaco

Escovar os dentes ajuda a evitar ataque cardíaco
O hábito de escovar os dentes pode reduzir o risco de uma pessoa sofrer derrames ou ataques do coração, de acordo com pesquisadores da Universidade Columbia, nos Estados Unidos.
Os cientistas descobriram que as pessoas que sofrem de problemas nas gengivas estão mais sujeitas a desenvolver aterosclerose – a formação de placas duras no interior das artérias.
A aterosclerose pode levar a um derrame ou a um ataque cardíaco.
Os cientistas avaliaram a quantidade de bactérias presentes nas bocas de 657 pessoas que não tinham um histórico de derrames ou ataques cardíacos.
Eles também mediram a espessura da artéria carótida – que levam o sangue do coração até o cérebro – dos pacientes.
O resultado foi que as pessoas que tinham um nível mais alto da bactéria que causa problemas na gengiva, como a doença periodontal, também apresentaram a carótida mais espessa, mesmo levando em conta outros fatores de risco cardiovascular.
Explicação
Os pesquisadores também descobriram que a relação só existe com a bactéria que causa problemas na gengiva, e não com outras que podem ser encontradas na boca.
Os cientistas disseram que a explicação para a correlação dos dois problemas pode ser o fato de que a bactéria se movimenta pelo corpo por meio da correnta sangüínea e, desta maneira, estimula o sistema imunológico, causando inflamações que resultam no entupimento das artérias.
A relação entre maus hábitos de higiene bucal e problemas vasculares já havia sido sugerida anteriormente, mas o chefe da equipe de pesquisadores, Moïse Desvarieux, da Universidade Columbia, afirma que o estudo fornece as evidências mais contundentes até o momento.
“Como as infecções da gengiva são evitáveis e podem ser tratadas, o fato de cuidar de sua saúde bucal pode muito bem ter um impacto importante na sua saúde cardiovascular”, disse ele.
“O estudo mostra a importância de escovar os dentes duas vezes por dia com uma pasta de dente com flúor”, concordou um porta-voz da Associação Dental da Grã-Bretanha.

fonte: BBC Brasil
 
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segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

células-tronco

Células-tronco
Pesquisadores da Universidade de Illinois em Chicago conseguiram transformar células-tronco adultas em osso e cartilagem, formando a estrutura esférica de uma articulação encontrada na mandíbula humana, com sua forma e composição de tecidos característicos.
Testado até agora apenas em animais, o procedimento de engenharia de tecidos usado para criar um côndilo articular na forma humana poderá ser usado um dia para regenerar a estrutura esférica de articulações da mandíbula, joelho e quadril que tenham sido danificadas por lesões ou doenças como artrite.
"Esta é a primeira vez que um côndilo articular de forma humana com tecidos semelhantes a cartilagem e osso foi cultivado a partir de uma única população de células-tronco adultas", disse Jeremy Mao, diretor do laboratório de engenharia de tecidos da UIC e professor-associado de bioengenharia e ortodontia.
"Nossa meta final é criar um côndilo que seja biologicamente viável - uma estrutura de tecido vivo que se integre ao osso existente e funcione como uma articulação natural."
Para criar o côndilo articular, Mao e Adel Alhadlaq, um estudante de doutorado em anatomia e biologia celular, usaram células-tronco mesenquimais adultas retiradas da medula óssea de ratos. A medula óssea é o tecido interno e esponjoso de ossos longos como o fêmur e a tíbia, os ossos da perna.
Sob certas condições, as células-tronco mesenquimais, presentes em diversos tecidos adultos, tem o potencial de se diferenciar em virtualmente qualquer tipo de tecido conectivo - incluindo tendões, músculo esqueletal, dentes, cartilagem e osso.
Usando substâncias químicas e fatores de crescimento, os cientistas induziram as células-tronco adultas a se desenvolver em células capazes de produzir cartilagem e osso.
As células foram então estratificadas em duas camadas integradas, envolvidas por um material biocompatível semelhante a um gel, e moldadas em um côndilo articular usando um molde feito da articulação têmporo-mandibular, ou osso da mandíbula, de um cadáver humano.
Após várias semanas, Mao e seus colegas descobriram que as estruturas feitas por engenharia de tecidos retiveram a forma moldada do côndilo mandibular humano, com tecido semelhante ao osso por baixo de uma camada de tecido semelhante a cartilagem - uma disposição semelhante à de um côndilo articular natural.
Além disso, diversos testes confirmaram que os tecidos recém-criados eram de fato osso e cartilagem, contendo seus componentes microscópicos característicos: no osso, uma matriz de colágeno com depósitos de sais de cálcio, e na cartilagem, colágeno e grandes quantidades de substâncias chamadas proteoglicanos ou glicoproteínas.
Mao salientou que há necessidade de muito trabalho adicional antes que os côndilos feitos por engenharia de tecidos estejam prontos para uso terapêutico em pacientes que sofrem de artrite óssea, artrite reumatóide, lesões ou anomalias congênitas.
No entanto, ele acredita que com novos aperfeiçoamentos o procedimento poderá um dia ser adotado para a substituição total de quadril e joelho. "Nossas descobertas representam uma prova de conceito para novos desenvolvimentos de côndilos feitos por engenharia de tecidos", disse Mao.

Referência:. Universidade de Illinois em Chicago
 
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